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Mostrando postagens de agosto, 2010

Convicção, Uma Luta de Todos Nós

Confiança, crença e convicção são atributos que se conquistam junto ao nosso interlocutor. Podem ser lógicos, cristalinos, mas precisa haver empatia para que se estabeleça a ponte par ao início de um processo de convencimento. E o que fazer então com essa sensação de angústia permanente que nos ameaça e nos deixa impotentes, com falta de ar, cada vez que resolvemos esmiuçar tais conceitos? Porque a certeza vai sempre por água abaixo quando se trata do raciocínio sobre o universo, do prosaico quem somos, de onde viemos e para onde vamos? A ignorância é uma sensação consoladora. De posse dela, tudo se torna aparentemente fácil. É pretensão demais da nossa parte querer achar respostas ou discutir aqui questões filosóficas que os sábios ao longo dos séculos vem teorizando a respeito. Há estudiosos do pensamento da atualidade capazes de defender suas teorias com veemência e fundamento. Mas não há de se contestar que o conhecimento não é passaporte para a tranqüilidade de ninguém. O pensa

A música das Esferas

Quem de nós não se lembra do famoso Teorema de Pitágoras? Pois é. Mais conhecido como matemático, Pitágoras, passeava pelas diversas áreas do conhecimento, na ânsia de um entendimento da existência humana e do universo, que fugisse ao olhar mitológico do século 538 a.C. Conta a lenda que ao ouvir um ferreiro, identificou no golpear dos ferros com diversos martelos diferentes, sons harmônicos. Quis descobrir o que distinguia os tons e notou que a diferenciação não dependia da força do golpe, do feitio dos martelos ou dos variados tipos de ferro golpeados. Pesou os martelos e percebeu que o peso de quatro deles estava numa proporção de 12, 9, 8 e 6. Prosseguindo a experiência, fixou um prego na parede, amarrou quatro cordas idênticas em material e comprimento e pendurou na extremidade de cada uma, pesos iguais aos dos martelos do ferreiro. Tocou duas cordas ao mesmo tempo, ora um par, ora outro. O martelo mais pesado tinha o dobro do mais leve e lhe forneceu a oitava mais grave. Os prin

Palavra Proibida

Ela está aí, presente. Muda de cara conforme a densidade populacional, mas ameaça entrar pela nossa porta. Não sabemos ao certo se confiamos nos índices que dizem que a criminalidade aumentou ou se são os meios de comunicação que nos fazem senti-la próxima. Por mais que se queira crucificar a mídia, não há como tirá-la da convivência conosco. É claro que a exposição é maior quando se trata de pessoas influentes, ligadas ao meio artístico, como aconteceu nas últimas semanas. Atropeladores que não socorrem e querem se safar, policiais recebendo propina para livrar o envolvido, assassinatos, corpos sumidos, numa avalanche de notícias ruins, onde a agressão ao ser humano foi a tônica. Compadecemo-nos pelo sofrimento da humanidade e ao mesmo tempo acionamos o medo quando não sabemos se o desconhecido que vem em nossa direção, vai nos pedir uma informação ou sacar um revólver. Não adianta. A adrenalina dispara, preparamo-nos para o ataque ou para a fuga, se as nossas pernas o permitirem. P