Qual é a hora certa de se tomar uma decisão, iniciar um projeto, sepultar rancores ou tentar reparar um erro? Não há diferença visível quando o tempo que se tem para realizações parece estar ali, ao alcance da mão, disponível para que o utilizemos na ocasião em que bem entendermos. É a tentação avassaladora que nos invade nestes momentos de postergar, deixar para depois. Oportunidades de resolução são momentos dolentes, que incomodam porque nos instigam a sair de um paradigma antigo, cômodo e é dolorido mudar. Trocar posturas é desconfortável até que nos ajeitemos e a situação passe a transcorrer dentro do conceito que convencionamos chamar de normalidade. Aparente, diga-se de passagem, pois a segurança e o domínio de um processo são transitórios, face aos impulsos externos a que somos obrigados a responder, contrapor ou aceitar e adaptar-nos. Isto sem falar no nosso ímpeto interno que igualmente tem sustentabilidade frágil. Depois eu dou conta disso, mais adiante eu penso como agi
Rackel F F Tambara é poeta, cronista e contista.