Ontem
à noite passei um aperto com dois terneiros que atravessaram pelo lado do
mata-burro e foram comer grama dentro do pátio.
Bob
Dylan, um Lhasa metido a Pitbull deu o aviso e disparou porta afora. Mais
atrapalhou que ajudou - eu tocava os terneiros de um lado, Bob espantava do
outro.
As duas cadelas Cimarrón, Bela (a mãe) e Brisa (a filha) estavam presas e latiam sem parar, querendo participar da festa. Bela pulou a cerca e Brisa - que só tem tamanho, é nenê ainda - latia desesperada, presa no canil. Aí virou um gritedo só. Eu, as cadelas, o pequeno Bob e o terneirinho menor - já que o maior passou de volta pelo lado do mata-burro. Quando me dei por conta, a Bela estava grudada no pescoço do terneiro, encurralado num canto da horta. O bichinho corria por cima das verduras e a cadela, atrás. Terminaram com o canteiro de tomates. Consegui pegar a Bela pela coleira, mas foi um custo fazer a danada largar o coitadinho. Era uma mão agarrada num moirão de parreira e a outra segurando o pescoço da arteira. Por fim, ela soltou e eu tive que arrastá-la para dentro da lavanderia, pra conseguir tocar o terneiro. Hoje acordei com os braços doendo pela força das sacudidas da Bela. E a estrupícia ainda amanheceu abanando o rabo pro meu lado, bem faceira, como se nada tivesse acontecido. Pode? Vida de colono é fogo! E vida de cachorro também não é das melhores. Mas esses bichos aqui da chácara são folgados. Na prática, a Bela é dócil, tanto que me deixou segurá-la. Mas pelo jeito é territorialista. Ou então, quando me ouviu gritando com o terneiro, achou que eu estava sendo atacada. Vai que é verdade? Vá saber! Dizem que os bichos adotam a gente e não o contrário. |
As greves do ABC paulista no final da década de 1970 e anos iniciais da década de 1980, vistas pelas lentes da fotografia engajada
Toda imagem tem razão de ser: exprime e comunica sentidos. Carrega valores simbólicos; cumpre função religiosa, política, ideológica; presta-se a usos pedagógicos, litúrgicos e até mágicos. Cartaz pela anistia que a polícia mandou retirar. São Paulo, SP - 06/12/1978 Crédito: Ricardo Malta/N Imagem O processo que dá origem à fotografia se desenrola num momento histórico específico, em determinado contexto econômico, social, político, estético, religioso, que se configura no instante do registro. Culto ecumênico em memória de líder de sindicato rural assassinado em Conceição do Araguaia, Pará. 1980. Foto de Juca Martins. Copyright: Olhar Imagem Mulher lavando roupa na favela Malvina. Macapá. Amapá. 1983. Foto de Joao Roberto Ripper. Copyright :Olhar imagem Manifestação do Movimento Contra a Carestia. Praça da Sé. SP. 27.08.1978 Foto de Juca Martins. Copyright: Olhar Im...

Comentários
Postar um comentário
Por favor, deixe aqui sua opinião sobre o texto.