Em meados do II milênio
a.C, um grupo nômade MAR.TU – amorrita – fixou-se em uma localidade denominada Babila,
às margens do rio Eufrates, cerca de 20 km a sudoeste de Kis. O nome foi
interpretado pelos grupo como Bab-lim = porta de deus – que resultou no
sumerograma KA,DINGIR, depois traduzido nas línguas modernas por Babel. O xeque
do grupo invasor, Sumuabum (1894-1881 a.C) investiu contra o domínio das
cidades de Isin e Larsa, expandindo sua conquista para as cidades de Kazalu e de
Dilbat, ao tempo em que fortificou a capital, Babel. Seu sucessor, Sumula’el
(1880-1845 a.C) selou a independência política de Babel após a construção do
grande muro da cidade e de vitórias sucessivas sobre as cidades vizinhas. Com
isso, estabeleceu a base da sua dinastia, que dominou a região por três
séculos. Os amoritas tinham Marduk como deus principal desse novo grupo, mas as
tradições sumérias e acádicas foram aceitas e incorporadas. Seu filho Sabium
(1844-1831 a. C), é tido como o construtor de ESANGILA, o célebre zigurate de
Babel, dedicada a Marduk. Apil-Sin (1830-1813 a.C) e Sin-muballit,
respectivamente filho e neto de Sabiun, consolidaram o reino e expandiram os
domínios de Babel por todo o norte da Babilônia. Em 1792 a.C, Hammurabi, filho
de Sin-Muballit é o sucessor de um território ainda bastante limitado. Contudo,
soube usar sua habilidade política para manter a autonomia. Fez uso da política
de pactos e alianças com os governantes de Larsa, Assíria e Mari, jogando com a
rivalidade entre eles. Tal política resultou numa época de equilíbrio de
forças. Os reis das diversas cidades-estados dividiam sua influência sobre as
cidades menores, numa espécie de pacto entre Babel-Mari-Larsa. Hamurabi, com
paciência, autodomínio e muito tato político constrói uma base militar sólida
para as suas conquistas. A fórmula do ano 38 de seu reinado registra a conquista de
Larsa, que se torna província do reino, além de Eshnunna, destruída por uma
grande massa de água. “por ordem de Anu e Enlil e fazendo uso da sabedoria que
lhe foi dada por Marduk”. Assim, Hamurabi é o novo senhor da Mesopotâmia
meridional e central. Conforme Bouzon, 1998, a destruição parece ter sido provocada
por uma inundação artificial, em razão da abertura de alguma barragem ou canal
de irrigação.
Ao final dos seus 43 anos
de reinado, Hammurabi tinha conseguido reunir sob o seu governo quase toda a
Mesopotâmia.
ILUSTRAÇÃO SOBRE ROCHA DESTACA DESENHO QUE PODE SER DA TORRE DE BABEL
(FOTO: REPRODUÇÃO DE video/smithsoniamag.com)
Fonte:
BOUZON,
Emanuel. O código de Hamurabi. 6ª ed. Vozes, Petrópolis-RS, 1998
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/06/novas-evidencias-podem-provar-existencia-da-torre-de-babel.html/
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