
Somos reconhecidos pelas amizades que construímos. Elas podem ocorrer no emprego, por exemplo. O local de trabalho geralmente não é lugar de construção de afetos, mas de convivência institucional. E somos obrigados a reconhecer que o ambiente empresarial é uma verdadeira guerra em busca de espaço, promoção, empregabilidade. O trabalho não é exatamente o terreno mais fértil para se despir dos defeitos e exercer o altruísmo. A profissão é a nossa identidade, queremos ser bem sucedidos nela. Sucesso significa postos galgados, melhoria salarial, desempenho. Abrir mão de dinheiro é abdicar de comodidade para nós e nossa família. Sem contar que soa como irresponsabilidade para com o futuro daqueles que geramos. Mas será que não é a oportunidade ímpar de progredirmos internamente, de superar as diferenças, exercitar a convivência harmoniosa?
Temos medo de trocar a comodidade da água do vaso, pela firmeza da planta na terra. Troca-se a água a adapta-se num tempo menor. Fincando-se raízes, sabemos que, na retirada, pode haver dano. Se quisermos transportá-la de recipiente há que se ter cuidado e leva tempo na adaptação. Difícil não é perder antigos vínculos. O problema é não colocar outros em seu lugar. Tentar manter amizades como meta de vida é desenvolver resistência às frustrações, oportunizar o aprendizado e abrir-se por inteiro.
Saber o ponto de equilíbrio é estabelecer o limite entre o masoquismo e a tolerância. É transformar os obstáculos em objetivos a serem solucionados sem abrir mão de nossas crenças e valores mais caros.
Comentários
Postar um comentário
Por favor, deixe aqui sua opinião sobre o texto.