A escritora americana Harriet Rubin sintetiza a relação das mulheres com o poder em seu livro Princesa – Maquiavel para Mulheres, Editora Campus – 2004, da seguinte forma: - As mulheres hábeis em manejar o poder preferem fortalecer seus opositores, cooptá-los como aliados, em vez de abrir uma guerra. – Mulheres contribuem para instalar um clima mais cooperativo e evitam o estilo “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. A habilidade para o trabalho em equipe, hoje tão apregoada é confundida com indecisão e fraqueza. Tacham-nos de inseguras no exercício do Poder. O fato é que minimizamos nossos acertos, enquanto os homens minimizam suas dúvidas. O que aparenta ser um baixo nível de confiança encobre apenas o desejo de não parecer esnobe. Valorizamos o trabalho coletivo em vez de cultuarmos nossos próprios méritos.
Homens conduzem negócios usando expressões como estratégia, tática e ofensiva. Voltemos um pouco no tempo e imaginemos ao longo da história os homens nas frentes de batalha. Eles consolidaram o poder conduzindo exércitos, enquanto que as mulheres o fizeram pela sabedoria, coragem, habilidade política e não raro, pela sedução.
Outro mito na nossa relação com o poder é o temor de correr riscos. Ocorre que preferimos ouvir, juntar argumentos antes de se decidir, o que se confunde com medo. Enquanto os homens centram suas preocupações nos resultados da decisão no curto prazo nós mulheres optamos por considerar as conseqüências dos nossos atos a longo prazo. Poucas de nós – reconhece-se – assumiram posições em que se possa decidir e assumir riscos abertamente. Na prática, a consolidação dos valores femininos no exercício do poder, só vai ocorrer com a escalada maior das mulheres nos postos de comando, seja no meio empresarial, político, seja na sociedade em geral. No futuro, o mais provável será a combinação do jeito feminino, com os valores tradicionais da competição.
Comentários
Postar um comentário
Por favor, deixe aqui sua opinião sobre o texto.