Trabalhar não mata ninguém. O que mata mesmo é a ausência do trabalho. Quer desespero maior que a ociosidade? Quem nunca olhou nos olhos de um pai de família e enxergou dentro dele a dor que mata? A dor de não ser produtivo, de não contribuir para a manutenção dos seus.
Trabalho em sua essência é o que sentimos prazer em realizar. Aquele do qual gostamos e fazemos bem feito. E não é, necessariamente, sinônimo de trabalho intelectual. O jardineiro, por exemplo, que deixa o nosso jardim “um brinco” e que ao receber o pagamento pelo seu serviço faz questão de ir até sua casa, trocar de roupa e vir com uma roupa simples, porém limpa e asseada, realiza-se naquilo que faz e assim mostra o melhor de si.
Não medimos esforços quando temos um desafio, uma tarefa a cumprir. Principalmente quando encontramos sentido naquilo que fazemos. – Mas eu não gosto do meu trabalho, eu queria ser outra coisa e não o que sou hoje, não ganho o que acho que mereço – Podemos acalentar nossos sonhos, mas temos um compromisso com a nossa sobrevivência hoje. Sem o concreto o nosso sonho volta à estaca zero, torna-se cada vez mais distante e perdemos a oportunidade de ser feliz hoje.
Perguntemos então aos velhinhos de Veranópolis, no Rio Grande do Sul, a cidade com a população mais longeva do país, qual o segredo de viverem tanto tempo? Trabalho durante toda uma vida, responderão. Como diria o meu avô, que Deus o tenha! - enxada encostada é que enferruja – Só vive mais e bem vivido, quem cultiva a felicidade. Sem um trabalho, com certeza nós seríamos menos felizes.
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