Segundo a consultora de moda Glória Kalil, “estamos em um momento de individualidade que traz coisas positivas, mas ela é perigosa, pois podemos nos esquecer do outro. Temos que olhar, ver o outro e ter o compromisso com a civilidade”.
Traduzindo para o dia a dia das pessoas comuns, não tão glamourosas quanto a Glória, o que seria civilizado para nós? Gentileza, bons modos, estilo? Tudo isso mais uma palavrinha que parece fazer parte só das camadas mais altas da sociedade, porém acessível a todos nós, sim: Elegância. Também é uma palavra diretamente ligada com imagem, transpira futilidade para aqueles cuja batalha maior é garantir a sobrevivência do dia seguinte. Movidos a necessidades básicas, soa gozação falar em elegância com esse público, mas é inerente a quem tem conteúdo, mesmo que sequer tenha conta bancária.
Viemos nesse mundo para evoluir. E como arremata Glória Kalil, na entrevista à revista South Star, “imagem é importante, mas com conteúdo. E conteúdo passa pela civilidade, e civilidade passa pelo reconhecimento do outro. Ninguém é chique sem ser civilizado”.
Quem vive em diversos lugares ao longo da vida paga seu preço por isso, como a ausência de raízes, mas tem a oportunidade de vivenciar diversas culturas e exercitar o aprendizado do respeito. O que é normal numa comunidade não o é noutra. E não estamos nem falando de morar no exterior. É só rodar pelo Brasil mesmo, com suas dimensões continentais para perceber a necessidade de atualizar-se em costumes locais, mergulhar em supostamente “mais civilizada”, leia-se urbana ou industrializada. Entra em cena no nosso processo civilizatório, como diria o saudoso Darcy Ribeiro, a elegância de comportamento.
Não se confunde respeito aos costumes, por criar máscaras de adaptação que quando lançamos mão indiscriminadamente gera um vazio cumulativo. Esse hiato na nossa vida proporciona-nos a sensação amarga de termos sido surrupiados de valores como autenticidade e firmeza, fortalecendo a incapacidade inata do ser humano de dizer não. Não queremos ser incomodados e dizer sim é mais fácil, não precisamos buscar problema à toa. Podemos usar muito bem os talheres à mesa, mas sermos incapazes de dar bom dia para o vigilante, o ascensorista, o porteiro, porque ele está lá para aquilo mesmo e não para ficarmos de trela com todo mundo que passa pela frente. Gente muito popular, muito dada com as pessoas é gente assanhada, introjetamos. Logo temos que ter postura, colocarmo-nos no nosso posto, que é acima dos outros, pensamos como deselegantes comportamentais que somos. E os demais que se ponham no lugar deles. Quanta arrogância, inconsciente até, mas discriminatória, incivilizada.
Evoluamos. Civilizar-se não é impor culturas. Pode ser abrir-se para o novo sem pré-conceito para que possamos entender o seu contexto. Uma vez inserido neles fica muito mais fácil aceitar atitudes alheias, não dar bola para detalhes insignificantes, não envergonhar-se da ignorância, sem necessariamente rebaixar-se. Evoluir é aprender e descobrir que cada aprendizado abre uma nova porta e que não há limites para o saber, para a bondade humana, para a generosidade entre os povos. Utopia? Pode ser. Mas precisamos dela para não perder o prumo, para acreditar no ser humano e divino que somos e na nossa capacidade de crescer de forma harmônica, consistente e sem limites ou medo de aprender.
Traduzindo para o dia a dia das pessoas comuns, não tão glamourosas quanto a Glória, o que seria civilizado para nós? Gentileza, bons modos, estilo? Tudo isso mais uma palavrinha que parece fazer parte só das camadas mais altas da sociedade, porém acessível a todos nós, sim: Elegância. Também é uma palavra diretamente ligada com imagem, transpira futilidade para aqueles cuja batalha maior é garantir a sobrevivência do dia seguinte. Movidos a necessidades básicas, soa gozação falar em elegância com esse público, mas é inerente a quem tem conteúdo, mesmo que sequer tenha conta bancária.
Viemos nesse mundo para evoluir. E como arremata Glória Kalil, na entrevista à revista South Star, “imagem é importante, mas com conteúdo. E conteúdo passa pela civilidade, e civilidade passa pelo reconhecimento do outro. Ninguém é chique sem ser civilizado”.
Quem vive em diversos lugares ao longo da vida paga seu preço por isso, como a ausência de raízes, mas tem a oportunidade de vivenciar diversas culturas e exercitar o aprendizado do respeito. O que é normal numa comunidade não o é noutra. E não estamos nem falando de morar no exterior. É só rodar pelo Brasil mesmo, com suas dimensões continentais para perceber a necessidade de atualizar-se em costumes locais, mergulhar em supostamente “mais civilizada”, leia-se urbana ou industrializada. Entra em cena no nosso processo civilizatório, como diria o saudoso Darcy Ribeiro, a elegância de comportamento.
Não se confunde respeito aos costumes, por criar máscaras de adaptação que quando lançamos mão indiscriminadamente gera um vazio cumulativo. Esse hiato na nossa vida proporciona-nos a sensação amarga de termos sido surrupiados de valores como autenticidade e firmeza, fortalecendo a incapacidade inata do ser humano de dizer não. Não queremos ser incomodados e dizer sim é mais fácil, não precisamos buscar problema à toa. Podemos usar muito bem os talheres à mesa, mas sermos incapazes de dar bom dia para o vigilante, o ascensorista, o porteiro, porque ele está lá para aquilo mesmo e não para ficarmos de trela com todo mundo que passa pela frente. Gente muito popular, muito dada com as pessoas é gente assanhada, introjetamos. Logo temos que ter postura, colocarmo-nos no nosso posto, que é acima dos outros, pensamos como deselegantes comportamentais que somos. E os demais que se ponham no lugar deles. Quanta arrogância, inconsciente até, mas discriminatória, incivilizada.
Evoluamos. Civilizar-se não é impor culturas. Pode ser abrir-se para o novo sem pré-conceito para que possamos entender o seu contexto. Uma vez inserido neles fica muito mais fácil aceitar atitudes alheias, não dar bola para detalhes insignificantes, não envergonhar-se da ignorância, sem necessariamente rebaixar-se. Evoluir é aprender e descobrir que cada aprendizado abre uma nova porta e que não há limites para o saber, para a bondade humana, para a generosidade entre os povos. Utopia? Pode ser. Mas precisamos dela para não perder o prumo, para acreditar no ser humano e divino que somos e na nossa capacidade de crescer de forma harmônica, consistente e sem limites ou medo de aprender.
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