
Sabe aquela sensação que temos diante de algum problema e o nosso íntimo demonstra que não há o que fazer? E não é por preguiça ou covardia. É quando sentimos que só a nossa parte não basta, que por mais que façamos será inútil, não vai mudar um milímetro sequer. É um misto de prepotência com impotência. Prepotência porque ao nos convencermos de que não há nada a fazer, criamos uma visão particular da situação e o mundo ao redor está cego. Portanto, estamos trazendo para nós o papel de donos da verdade. Situações como o momento político atual, acionam a sensação de impotência. É só ligarmos a TV para percebermos que o novelo da crise não termina nunca, confinando-nos à posição de meros expectadores. A coisa está tão bizarra, tão complicada, que a verdade em si há muito se perdeu no emaranhado de versões dos mensalões e mesadões, escândalos no Senado, quem mentiu ou não e por aí vai. O que importa agora é quem consegue construir uma verdade mais consistente que a outra, condizente com a memória subitamente curta dos envolvidos, cada qual preocupado em dar uma interpretação que o incrimine menos, mas que ao mesmo tempo precisa ter um núcleo de informação comum com os demais depoimentos, a fim de que se aproxime do ideal de ”verdade”.
O poder de manipular é um universo distante da realidade do ser humano comum que embora paradoxal, nossa atitude é de respeito até, pela capacidade de quem domina suas regras. Mas onde está nossa competência e idoneidade diante das forças que nos passam informações ao tempo em que nos fazem de marionetes? Entendendo essa crise de ética e moralidade, trazemos o controle para nossas mãos. Respeitar a competência do manipulador não será posicionamento de fuga ou condescendência. Tampouco imperioso. Será honesto sem cair para a bondade extrema, que se confunde com humilhação, para compreender melhor e agir da forma adequada.
Estamos nos acostumando demais, achando tudo natural demais, trivializando o que é anormal. A normalidade excessiva é contagiosa, negligencia a intuição e produz escuridão mental. A intuição trás a dúvida, faz-nos assumir a solidão, desenvolve a conscientização particular quanto ao perigo e as intrigas. Quem se torna alerta sozinho escolhe o que fica, descarta o que não serve e se permite renascer. Fazer uma tradução própria dos acontecimentos permite-nos funcionar como um todo. Somos forçados a lutar pelo que acreditamos, superar nosso desencantamento e terminar o que iniciamos. Transmitindo adiante nossa visão e interagindo, fortalecemo-nos. Compartilhando agregamos força, porque nos juntamos a outras pessoas e quando estamos juntos é mais difícil de sermos quebrados.
É tentadora a vontade de fechar os olhos a essa realidade deformada e conviver com o turbilhão esperando que ele passe. Mas o esforço em aceitar o anormal sufoca o instinto de reagir e isto não é justo conosco. De que serve a impressão de que nada nos incomoda, se estamos impingindo-nos a trivialização do que é anormal? Convivendo com a impotência avalizamos quietos pessoas e grupos que usam nosso santo nome em vão. Somos pasteurizadamente, o “povo brasileiro”. Banalizando irregularidades, podamos a raiva e a capacidade de interferir nos acontecimentos, mesmo que firam nossos princípios.
Quando a letargia toma conta é mais uma voz se cala. E quando o número de pessoas a falar é insuficiente, o mundo também se silencia e com ele aquieta-se a capacidade de consertar, corrigir desvios e seguir em frente. Podemos conviver com isso, mas o silêncio e a resignação mais dia menos dia nos acordará com um “Oh! De novo não!.
O poder de manipular é um universo distante da realidade do ser humano comum que embora paradoxal, nossa atitude é de respeito até, pela capacidade de quem domina suas regras. Mas onde está nossa competência e idoneidade diante das forças que nos passam informações ao tempo em que nos fazem de marionetes? Entendendo essa crise de ética e moralidade, trazemos o controle para nossas mãos. Respeitar a competência do manipulador não será posicionamento de fuga ou condescendência. Tampouco imperioso. Será honesto sem cair para a bondade extrema, que se confunde com humilhação, para compreender melhor e agir da forma adequada.
Estamos nos acostumando demais, achando tudo natural demais, trivializando o que é anormal. A normalidade excessiva é contagiosa, negligencia a intuição e produz escuridão mental. A intuição trás a dúvida, faz-nos assumir a solidão, desenvolve a conscientização particular quanto ao perigo e as intrigas. Quem se torna alerta sozinho escolhe o que fica, descarta o que não serve e se permite renascer. Fazer uma tradução própria dos acontecimentos permite-nos funcionar como um todo. Somos forçados a lutar pelo que acreditamos, superar nosso desencantamento e terminar o que iniciamos. Transmitindo adiante nossa visão e interagindo, fortalecemo-nos. Compartilhando agregamos força, porque nos juntamos a outras pessoas e quando estamos juntos é mais difícil de sermos quebrados.
É tentadora a vontade de fechar os olhos a essa realidade deformada e conviver com o turbilhão esperando que ele passe. Mas o esforço em aceitar o anormal sufoca o instinto de reagir e isto não é justo conosco. De que serve a impressão de que nada nos incomoda, se estamos impingindo-nos a trivialização do que é anormal? Convivendo com a impotência avalizamos quietos pessoas e grupos que usam nosso santo nome em vão. Somos pasteurizadamente, o “povo brasileiro”. Banalizando irregularidades, podamos a raiva e a capacidade de interferir nos acontecimentos, mesmo que firam nossos princípios.
Quando a letargia toma conta é mais uma voz se cala. E quando o número de pessoas a falar é insuficiente, o mundo também se silencia e com ele aquieta-se a capacidade de consertar, corrigir desvios e seguir em frente. Podemos conviver com isso, mas o silêncio e a resignação mais dia menos dia nos acordará com um “Oh! De novo não!.
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