Só a MATRIX cria ilusões para a maioria dos humanos. No mundo real muitas vezes também somos levados a escolher em qual realidade queremos acreditar: Real ou virtual? A pílula azul ou a vermelha, como no filme MATRIX Reloaded. Admitir, mesmo que em tese mais de uma realidade é cutucar com vara curta conceitos já vincados em nosso cérebro e para os quais o defensor antes de ser identificado como pretendente a criação de um novo conceito é simplesmente rotulado de louco. Não é compreensível defender junto aos incautos a idéia de contrapontos consolidados. Não existem “metades”. Há “metade” e pronto. É raciocínio pacífico. Fugir disto é inventar outro modelo e partir em direção a raciocínios de multidimensionalidade, ramo hoje mais entregue aos místicos, mas secretamente pesquisado, exaustivamente estudado pela ciência. Como o modelo atual da ciência é fisicalista, o próprio resultado da pesquisa só é divulgado por aqueles cientistas de vanguarda ou pelos claramente dispostos a quebrar o paradigma vigente. Foi assim com Einstein e a teoria da relatividade, embora ela não seja exatamente um exemplo novo, porque se valeu dos conceitos da ciência atual.
Quando se trata de definir o que é a verdade, os limites da polêmica já estão mais maleáveis. Dá até para se valer de Einstein, quando se admite cientificamente que o tempo é relativo, dependendo do espaço e da “realidade”, onde nos encontramos. Verdade pode ser admitida como mais de uma, dependendo de quem a defende. É uma questão de ângulo, de enfoque, diretamente ligada à existência de fato para aqueles que a sustentam.
Por isso, é admissível crer que é possível escolher a realidade em que queremos acreditar e viver o nosso mundo particular. Nossas crenças são os valores que construímos. Nossa MATRIX pessoal se conecta à grande MATRIX. E a escolha da pílula a tomar é nossa. Vai uma pílula azul, da realidade normal e glamourosa ou a vermelha, do real e da dificuldade? Escolhamos. Mas será que não deveria haver um meio termo?
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